David Figueiredo
(Pt) David Figueiredo desde tenra idade sempre se considerou um provinciano, cidadão do mundo e em verdade sem idade, porque a mesma não é um resultado algébrico ou de soma cronológica, mas sim, um estado de espírito. Acredita que nasceu com a Arte dentro de si e a partir do momento que teve uma câmara fotográfica nas mãos, começou lentamente a encontrar um estilo que acredita e se sente profundamente ligado, ou seja, composições que andam praticamente sempre de mãos dadas com o lado onírico, místico, simbólico, fantástico e extravagantemente elaborado. Uma liberdade sem fim, onde todos os hibridismos são possíveis. Deambulando entre a asa do diabo (temas mais tenebrosos) e a asa do anjo (temas mais pacíficos).
David Figueiredo é contra a interpretação, e tem sempre um subjetivismo muito marcado nas suas obras, algo que também é condizente com o seu processo criativo, que não em raros momentos nasce pura e simplesmente do nada, pelo simples respirar do espaço/tempo...um deixar fluir, fruir e aflorar dos pensamentos e sentimentos através da pura intuição, gerando uma predisposição, um espaço aberto, onde se vão projetando as imagens até ao reencontro final com a ideia e a estética. Quando descobriu verdadeiramente o poder do cinema, percebeu que tinha uma solução mais completa para criar os seus mundos, jogando com as várias componentes que a 7a arte consegue fornecer, e sentiu que se ligava mais intensamente com a mesma, dai ter optado por tirar uma licenciatura em Cinema na Universidade da Beira Interior. Assim estava ele perante a aglomeração de todas as artes dentro do cinema, encarando a Arte de uma forma quase catártica, religiosa, numa tentativa existencial de religar-se, reencontrar-se com o mundo e com o Deus dentro de cada coisa ou Ser. Tornar sempre visível o invisível.
Filmografia: Natureza Morta (2024), Ficção, 12 minutos (Realizador)
O Lugar das Quimeras (2024), Documentário, 27 minutos (Realizador)
(En) From an early age, David Figueiredo has always considered himself a provincial, a citizen of the world and, in truth, ageless, because age is not an algebraic result or a chronological sum, but rather a state of mind. He believes that he was born with art inside him and from the moment he had a camera in his hands, he slowly began to find a style that he believes in and feels deeply connected to, in other words, compositions that practically always go hand in hand with the oniric, mystical, symbolic, fantastic and extravagantly elaborate. An endless freedom, where all hybridisms are possible. Wandering between the devil's wing (darker themes) and the angel's wing (more peaceful themes).
David Figueiredo is against interpretation and has a very marked subjectivism in his work, something that is also consistent with his creative process, which not infrequently is born purely and simply out of nothing, by simply breathing space/time...letting thoughts and feelings flow, enjoy and emerge through pure intuition, generating a predisposition, an open space where images are projected until the final reunion with the idea and the aesthetic. When he truly discovered the power of cinema, he realised that he had a more complete solution for creating his worlds, playing with the various components that the 7th art can provide, and he felt that he connected with it more intensely, which is why he chose to study cinema at the University of Beira Interior, Portugal. Thus he was faced with the agglomeration of all the arts within cinema, looking at Art in an almost cathartic, religious way, in an existential attempt to reconnect, to find himself again with the world and with the God within each thing or Being. Always making the invisible visible.
Filmography: Still Life (2024), Fiction, 12 minutes (Director)
The Place of Chimeras (2024), Documentary, 27 minutes (Director)